COMO AGEM OS CRIMINOSOS
Recentes pesquisas realizadas no eixo Rio-São Paulo, conseguiram identificar os principais disfarces utilizados pelos criminosos para ingressar em condomínio, com o objetivo de furtar, roubar, seqüestrar ou mesmo para fazer um levantamento prévio do local, com a finalidade de
realizar assaltos em grande escala, contra todos os moradores, como tem acontecido em várias regiões do Brasil.
Vamos relacionar a seguir, esses disfarces, bem como no que eles consistem e qual o procedimento a ser adotado pela portaria ou pelos moradores, para evitar que tais pessoas entrem no condomínio. Os principais disfarces são os seguintes:
• Funcionário de Concessionárias de serviços públicos.
Método: Apresentam-se para fazer reparos, consertos ou inspeções. Alegam ter sido chamado por determinado morador.
Contra-Medida: Pedir identidade ou crachá com foto, da empresa para a qual trabalham além de ordem de serviço específica para aquele local, naquele dia e naquele horário. O porteiro só
deve autorizar o ingresso no prédio após obter a confirmação do morador que solicitou os serviços.
• Policiais e Fiscais.
Método: Apresentam-se como policiais ou fiscais, dizendo que vão checar uma denúncia ou fazer uma investigação. Geralmente agem de forma arrogante e prepotente, demonstrando muita autoridade.
Contra-Medida: Os porteiros não devem se intimidar com o comportamento do visitante e pedir apresentação de credenciais. Devem também tomar nota dos nomes, cargos e órgãos a que pertencem. Em caso de dúvidas, devem telefonar para a repartição e confirmar a veracidade dos dados. É importante observar que, mesmo em se tratando de autoridades legítimas, é sempre desejável que circulem pelo prédio na companhia do síndico ou de algum funcionário.
• O “Elegante”.
Método: Apresentam-se bem vestidos e se comportam como se fossem pessoas importantes, com um certo ar de arrogância. Caminham depressa, olhando para o relógio, como se estivessem atrasados ou falando ao celular, como se estivessem tratando de um assunto muito
importante. Vão simplesmente entrando, sem nem olhar para o porteiro.
Contra-Medida: O porteiro não deve se impressionar com a aparência do visitante. Deve pará-lo e fazer o procedimento normal de identificação como se faz com qualquer outra pessoa que
queira ingressar no condomínio.
• Banhistas.
Método: Andam em roupas de banho e dão a impressão de que estavam na piscina do prédio e saíram para a rua pela garagem e agora estão retornando ao prédio pela entrada principal.
Contra-Medida: Caso não sejam conhecidos da portaria, devem ser parados e identificados. Se alegarem amizade ou parentesco com moradores, tal informação deve ser confirmada, antes de permitir a entrada.
• Entregador de Encomendas.
Método: Apresenta-se como entregador de pizza, flores ou outro objeto qualquer, pedindo
para subir até determinado apartamento.
Contra-Medida: Confirmar a encomenda com o apartamento referido e, de preferência, pedir que o morador venha receber a encomenda na portaria, ao invés de autorizar a entrada do entregador. Alguns condomínios já adotam uma espécie de Office Boy interno, ou seja, um funcionário com a função específica de receber e entregar encomendas no interior do prédio. Os condomínios modernos - e de grande porte - já possuem uma central de encomendas, encarregada de receber e distribuir as encomendas dentro do condomínio.
• O “Conhecido”. Método: Aproveitam-se quando um ou mais moradores estão entrando no condomínio e pegam “uma carona”, geralmente puxando conserva com um deles, dando a entender assim ao porteiro, que são conhecidos e que estão juntos. Contra-Medida: Se o porteiro não reconhecer a pessoa como, de fato, sendo amigo ou parente do morador que está entrando, deve parar a ambos e confirmar se estão juntos e se a pessoa pode subir com ele. • Voluntário de Instituição de Caridade. Método: Apresenta-se na portaria dizendo que um ou mais moradores têm o hábito de fazer doações para instituições de caridade, pedindo para subir e visitá-los. Contra-Medida: O porteiro deve consultar os moradores citado e pedir para que, caso seja de seu interesse, desçam até a portaria ou sala de visitas para conversar com o representante da instituição. • “Dona Fulana.” Método: Geralmente são mulheres e vão entrando apressadamente no prédio, dizendo ser amiga de dona Maria, dona Joana, dona Ana, ou qualquer outro nome muito comum, alegando que precisam falar urgentemente com ela. Por se tratar de uma mulher e citando nomes tão simples e conhecidos, muitos porteiros acabam deixando a pessoa subir. Contra-Medida: Só permitir a entrada após constatar a existência de morador com aquele nome e obter a autorização do mesmo para que deixe a pessoa subir. • Corretor de Imóveis. Método: Apresentam-se sozinhos ou em pequenos grupos, dizendo serem corretores de imóveis e que vão inspecionar ou avaliar determinado apartamento. Contra-Medida: Se o apartamento em questão estiver desocupado, o porteiro deve solicitar identificação profissional e telefonar para a imobiliária para a qual dizem trabalhar, pedindo confirmação do envio daqueles profissionais para aquele condomínio, naquele dia e naquele horário. Caso o apartamento esteja ocupado, o porteiro deve confirmar se o morador está sabendo daquela visita. Caso não haja confirmação, o porteiro não deve permitir o ingresso de tais pessoas no interior do prédio. • Ação de Quadrilhas No entanto, em algumas ocasiões, os condomínios são surpreendidos com a ação audaciosa de criminosos, fortemente armados, que entram no condomínio com a precisão de uma operação militar. Nesses casos, pouco se pode fazer uma vez que uma reação por parte dos porteiros ou moradores poderia causar uma verdadeira tragédia. O melhor, nessas ocasiões, é obedecer às instruções dos criminosos, evitando assim maiores conseqüências para a integridade física de funcionários e moradores.